terça-feira, 1 de outubro de 2013

Drake, o rapper que veste Stone Island



Este novo álbum é resultado de muito trabalho empregue nos dois anteriores. Mas antes disso convêm perceber um bocado melhor quem é Drake e a música que ele faz. Aubrey Drake Graham, nasceu no Canadá há 26 anos e por estes dias vive no céu. Cedo começou a rimar, no youtube podemos ver alguns freestyles na década de 2000 onde se percebia que já havia talento. O seu primeiro álbum (Thank Me Later 2010) foi um sucesso e o segundo (Take Care 2011) foi pelo mesmo caminho. E da mesma forma que não fez dois álbuns iguais fez este terceiro – Nothing Was The Same - que consegue ser ainda melhor.

A primeira musica é um excelente intro onde ele se autovaloriza e demonstra o seu atual Status no “rap game” mas é também um intro pro resto do álbum. As batidas são do melhor que há mas também na linha que Drake nos tem apresentado, sempre com tremenda qualidade, todas elas são boas, diferentes e não sinto que seja um álbum monótono nesse sentido. São dançáveis (sim é possível dançar hiphop sem estar com a mão no ar a abanar para um lado e outro 50 vezes) entram com facilidade no ouvido e estão muito bem arranjadas. Nota-se que foram minuciosamente revistas e trabalhadas.



As faixas que mais se destacam é Too Much com uma grande participação de Sampha e dentro do mesmo género First Time com outra excelente participação de Jhene Aiko (aqui está a prova que os refrões de rap não precisam de ser gospel). The motion por me fazer lembrar o início da música de Chullage que para mim foi a melhor do CD Rapresálias – Nossos tempos. Esta Faixa conta também com a participação de Sampha no final. Outra grande música é a Wu Tang Forever numa clara referência ao grupo e a uma música que foi samplada “Its Yourz”.Para mim o ex-libris deste CD está na musica com Jay Z Pound Cake, produzida pelo Boi-da1 . É boa demais para a descrever, oiçam apenas. Podia ficar a ouvir o Beat horas e horas. Para finalizar e pela diferença Hold On Iam Coming Home é a música capaz de atrair outro tipo de público que faça comprar o CD só por essa música. A pior participação para mim foi Big Sean que mesmo que estejam atentos ao que ele diz vão continuar na mesma. As outras estão obviamente num nível excelente mas o conteúdo anda a volta de relações strippers, dinheiro e status no rap game.
 
É um álbum de rap/hip hop de batidas urbanas de soul de jazz de slowjams de tudo um pouco mas é um álbum merecido principalmente de quem montou tudo à volta dele. É um álbum com conteúdo e com batidas que nos fazem chorar por mais. Não faz parte da cultura de hiphop ou rap, faz parte da cultura Urbana.



Texto de Nuno M.


Sem comentários :

Enviar um comentário