Quando vamos a uma loja de marca comprar algo, à partida sabemos que vamos
adquirir qualidade. Mas que qualidade é essa? De onde vem?
Existe um certo preconceito com
etiquetas que indiquem made in China,
mas acreditem é de lá que vem tudo.
A New Balance, por exemplo, tem fábricas
em UK e nos USA, mas os tecidos vêm da ásia. Os cortes e as colagens são feitos
nas ilhas ou nos states, mas o resto não.
A Stone Island tem das suas maiores
fábricas na China. A adidas igual. A marca italiana desde a coleção do ano
passado que começou a colocar nas suas etiquetas que o fabrico era feito em países
europeus. Tenho três caps da Stone, um da China, outro de Itália e outro da
Turquia. O que tem melhor qualidade é o da China. Isto vale o que vale.
Por outro lado temos as contrafações. As
mais berrantes vêm da China e as melhores também são nipónicas. Isto faz todo o
sentido, visto que as pessoas que os fazem são as mesmas podem é usar um
material melhor ou pior. A ver se me explico. Acredito que as pessoas tragam cá
para fora as ideias e os conceitos e tentem fazer por elas próprias as suas
próprias réplicas que são iguais às originais, para venderem e ganharem o seu
dinheiro, visto que nas fábricas de origem o salário é baixíssimo. Depois há
aquelas que não se dão tanto ao trabalho e ficam-se pelas míseras cópias.Quem
leu ou viu o filme Gomorra, sabe que é assim que se processa o comércio em
Nápoles, considerada a cidade europeia onde existem os maiores índices de
contrafação.
Os
produtos das marcas luxo são confecionados pelas mesmas pessoas que fazem as
contrafações, por isso inquieta-me quando me desloco à Adidas e penso: isto
será real ou fake. Acredito que muitas vezes pagamos 100% ou 200% mais daquilo
que lhes custou, mas como estamos numa loja oficial não duvidamos da “veracidade”
do produto.
Em Roma, por curiosidade, entrei numa
Louis Vuitton experimentei uns ténis (nunca na vida os iria comprar) que
custavam 400 e tal euros e não era melhores do que uns de 80€ que eu outrora
comprara de outra marca mais mainstream. A minha mulher viu malas de mil e dois
mil euros….a 10 metros da loja estavam africamos a vender réplicas que eles
diziam serem as melhores do mundo e para mim eram exatamente iguais. Fez-me
confusão como é que a Louis Vuitton não fazia nada e deixava-os vender mesmo
ali á porta. Mas se pensar numa teoria conspiradora posso dizer que esses vendedores
ambulantes são fornecidos pela própria LV. Uma pessoa entra na loja, não
consegue comprar uma de mil euros, fica triste, mas depois vê uma “igual” por
50€ ou 60€, compra. Mercado paralelo mas como o mesmo destinatário. Nãaa
mentira, isto não acontece.
Falei do vestuário, mas isto passa-se
também com a comida, eletrodomésticos, medicamentos, carros etc. Tudo aquilo
que mexa com a economia tem um mercado secundário.
Ora nem mais...
ResponderEliminarExcelente!
excelente texto! parabéns.
ResponderEliminarObrigado por lerem o blog!
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