São poucos os jogos da Champions ou da Liga Europa que não têm as suas quezílias. Se na LE era normal, já que há mais jogos (e equipas mais pequenas), logo há mais probabilidades para haver confrontos, na CL não me lembro de ouvir tantos relatos de atividades fora das quatro linhas. Os países de Leste já não estão sozinhos nestas encruzilhadas, agora tem a companhia de muitos outros povos.
Os escoceses habituaram-nos às suas deslocações em massa e ao seu fair-play que por diversas vezes foi distinguido pela FIFA/UEFA, tanto a nível de clubes como a nível de seleções. Nesta edição da Champions os Celts mostraram que sabem dar a outra face, a mais agressiva, mesmo em terreno adversário.
Diretamente ligados a este volte face dos escoceses, estão os Amsterdam Hooligans. Os holandeses têm um historial enorme de confrontos, mas nada fazia prever que este ano voltassem à carga. Tiveram resposta, mas estão habituados a estas andanças e prometem não parar, não têm é a ajuda do clube.
Outra fação que se está a destacar são os napolitanos. Os italianos estão numa onda de “bater em tudo o que mexe” e mesmo em Marselha que poderiam ter alguma resposta, saíram por cima. Fala-se que são cobardes (ataque a adeptos do Arsenal) e usam muito armas, mas o certo é que onde quer que eles vão torna-se um estado de sitio.
Nesta ultima ronda da CL para além das equipas que já falei, estiveram envolvidos em confrontos adeptos do Manchester City e do CSKA. Neste jogo o contexto foi diferente. No jogo da primeira mão Yaya Touré foi alvo de insultos racistas e a meio do jogo pediu ao arbitro para parar o jogo e o juiz assim o fez. Passados alguns minutos o jogo foi retomado e os insultos voltaram, mas de uma forma mais suave. No final, o costa marfinense revelou que se a UEFA nada fizer irá solicitar a todas as seleções africanas e aos seus adeptos que boicotem a Copa do Brasil. A resposta foi pronta a UEFA fez uma mega campanha contra o racismo.
O jogo em Manchester decorreu num clima tenso e os russos tiveram muitos problemas com a policia e os adeptos da casa tentaram chegar ao confronto direto, algo que não chegou a acontecer.
A elite do futebol está a ter um ano bastante agitado e é engraçado ver que esta onda de violência está presente em muitas cabeças, sejam elas de países mais ou menos desenvolvidos, de clubes mais ou menos ricos. Cada vez há mais turmas prontas para a atividade e não se pode dizer que sejam Casuals ou Hools, vão e depois logo se vê. Uns procuram e acham, outro simplesmente acham. Na sombra disto tudo, mas ainda com muita margem de manobra, estão clubes como o Real Madrid, Atlético, Zenit, Dortmund, Schalke…
Interessante análise.
ResponderEliminarObrigado. Estou para ver os próximos episódios.
EliminarBom texto.
ResponderEliminarMuita expectativa para o Benfica x PSG, até pode não dar em nada, mas desde o jogo com o Spartak no ano passado, que é nossa obrigação estar alerta para evitar surpresas nos jogos europeus em casa.
Cheers mate.
ResponderEliminarJá existe muito alarido em Portugal. Será dificil, mas "You stand your ground and fight!"
A malta toda de preto numa das fotos acima é a turma do Basel indo ao encontro do pessoal do shalke 04 à 1 mês atrás.
ResponderEliminarCerto.
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